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Quando é que isto vai acabar?

      Toda a vila está sob um manto de nevoeiro. São seis da tarde e as pessoas estão a acabar o seu dia de trabalho ou de escola. O sol já se foi, mas ainda não está completamente escuro. Os autocarros circulam para trás e para a frente, trazendo as crianças de volta para casa. Acabou de passar um por mim e, mais à frente, vejo uma criança com uma mochila às costas  ao lado de um velhote, talvez seu avô que o foi buscar à paragem do autocarro. Vai ficando cada vez mais escuro e os carros passam por mim, com as suas luzes a encadear-me a visão.     Está tudo normal, parece, mas não está. O velhote e o rapaz usavam máscara e eu sinto o frasco de álcool gel no meu bolso. Há muito menos pessoas nas ruas do que há um atrás. Amanhã volta o confinamento geral. Tudo de volta para casa.     Quanto é que isto vai acabar?

Estamos todos na mesma batalha mas com armas diferentes

O mundo está diferente O inimigo invisível em casa nos foi trancar As constantes notícias não nos são indiferente Somos impotentes, não sabendo como lutar. Os números sobem e as nossas vidas têm que parar Ninguém sabe o que está a acontecer Ninguém sabe o que fazer Mas eis que o dilema surge: Parar para Lutar! Tudo fecha e as pessoas desaparecem das ruas Todos temem o que pode vir a acontecer A economia afunda e temos medo de adoecer Mas só parando é que se luta. Estamos todos na mesma batalha Mas com armas diferentes Enrolados na mesma malha Sem saber como fazer para seguir em frente Próximo parece estar o fim Agora que a vacina está aqui Mas não nos deixemos iludir Porque a pandemia ainda está a mil!

És só um entre milhões mas tens a força de mil homens

      A rua está quase escura e sossegada. Só os candeeiros como pirilampos iluminam alguns pedaços do alcatrão. Não estás longe, eu sei. Sei que vês o mesmo que eu.      As luzes das casas estão acesas. Estão todos no aconchego do seu lar. Estás também na tua casa, e eu na minha. Tão longe e tão perto, eu sei. Não sei se sentes o mesmo que eu.        Os dias são todos iguais. Tal como eu me sinto. Não consigo sair desta espiral de agonia e frustração. Cada vez é pior. O mundo avança, mas eu continuo no mesmo sítio. Todos avançam e eu fico para trás. Tu avanças e eu fico ao longe a olhar. Tens força e coragem para ir à conquista do mundo. Do mundo que queres ser.     És só um entre milhões mas tens a força de mil homens.     Eu só sou uma entre milhões mas tenho a força de uma pena.     Não tenho força para seguir em frente.

Poesia: Presa no Passado

Mais um ano e sigo presa ao passado. O mundo continua a girar mas é como se estivesse parado Para mim. Os anos passam e eu aqui, Parada num tempo em que podia ter feito escolhas diferentes, Parada num tempo sem fim. Isto mói-me por dentro, Não parar de pensar no que poderia ter acontecido Se dissesse tudo o que deveria ter-te dito. Mas é sempre mais fácil dizer do que fazer E na altura tinha medo. Como é que alguém como tu iria gostar de alguém como eu? Apenas uma tonta rapariga apaixonada e sem mais nada para oferecer.

Poema sobre Natureza - Ao lado de um rio estou a caminhar

Ao lado de um rio estou a caminhar, Vejo a água transparente a passar, Tal como os peixes a nadar E o reflexo do sol a brilhar. Olho para árvores exibindo o seu verde elegante, Ao sabor da brisa parece que me estão a acenar, O sol está a pique, radiante e cintilante, A esta calma nenhuma nuvem poderá atormentar. Ouço um pequeno estalar, Olho para uma árvore e fico deslumbrada por puder testemunhar, A magia de uma nova criação, Pequenos seres a brotar de frágeis cascas felizes e sãos. À volta todos os pássaros começam a cantar Como a dar as boas-vindas aos recém-chegados. Começam a fazer espirais, a rodopiar, Completamente deliciados. Cada um com a sua melodia, Criam um espetáculo nunca antes visto, Criam uma verdadeira sinfonia, Por todos os lados, esbanjado alegria. Começo também a sorrir, Não sou capaz de imaginar um mundo sem estas maravilhas, Ficar aqui para sempre e nunca mais partir, Um mundo sem falsidades, sem mentiras, sem armadilhas.

Série Super-Herói: - As Aventuras da Sofia

Olá, vou postar aqui a continuação do primeiro episódio As Aventuras da Sofia. As Aventuras da Sofia retrata a vida de uma rapariga de 15 anos que subitamente tem um super-poder: velocidade. Sabe que isto não é normal e, por isso mesmo, não quer contar a ninguém. No entanto, os seus dias são repletos de situações que ela tem que enfrentar para esconder o que lhe aconteceu mas nem sempre é fácil. Será que pode ser considerada uma super-herói? Parte 3:                Mais para o final dessa mesma tarde, decidiram ir à marina de Portimão, uma das maiores de todo o Algarve. Apesar de nenhum deles ter a intenção de alugar um barco, passearam pelo cais e por entre as plataformas onde estavam ancorados barcos e iates. Sofia divertia-se a tentar adivinhar de quem pertencia cada barco. Se pertencia a uma família grande com muitos filhos, se eram estrangeiros ou portugueses ou a grupos de amigos. As opções eram imensas.                  Sofia gostava de fitar o horizonte, de se imagin

Série Super-Herói: - As Aventuras da Sofia

Olá, vou postar aqui a continuação do primeiro episódio As Aventuras da Sofia. As Aventuras da Sofia retrata a vida de uma rapariga de 15 anos que subitamente tem um super-poder: velocidade. Sabe que isto não é normal e, por isso mesmo, não quer contar a ninguém. No entanto, os seus dias são repletos de situações que ela tem que enfrentar para esconder o que lhe aconteceu mas nem sempre é fácil. Será que pode ser considerada uma super-herói? Parte 2:                 Os primeiros dias de férias apesar de cansativos por estar o dia todo ao sol e de estar constantemente atenta a velocidades mais elevadas foram divertidos. Ela e os primos fizeram grandes castelos de areia com direito a cada janela personalizada com conchas e algas, todas elas diferentes, mas decoradas com muito empenho e dedicação. Modéstia à parte, até mereciam uma participação no Sand City em Lagoa tal eram a imponência dos seus castelos. Bem… talvez nem tanto. Mas que estavam bonitos, ai isso estavam.