Poema sobre a natureza e o amor - Não há nada que nos possa fazer mal

Eu gosto muito de poesia e natureza e faço, com alguma frequência, a junção das duas. Muitas vezes (mais vezes do que aquilo que me apercebo) acabo por colocar pelo meio algumas referências ao amor e em como quando estamos apaixonados parece que conseguimos sempre ir em frente sem que nada nos consiga derrubar. 


O dia está a chegar ao fim,
O sol desce no horizonte lentamente,
O tempo para e eu olho para ti.

As nuvens deslizam no ar,
Sem medo continuam a avançar.
E eu ao teu lado continuo a caminhar,
Sem medo continuamos a avançar.

Não sopra uma brisa no ar,
As flores, quietas, parecem expectantes,
Como à espera do início de um espectáculo
Prontas e ansiosas para o observar.

Estás a olhar para todas elas,
São muitas e muitas e não ficam por aqui,
Vermelhas, roxas, amarelas,
Ficas encantado com esta maravilha sem fim.

As árvores pintam a erva e perdem-se de vista,
Enormes, já viram muito.
Não somos os primeiros nem seremos os últimos,
Sábias, já contam com muitos e muitos anos de vida.

Seguras-me a mão e por dentro sinto-me quente,
O meu estômago dá uma volta e meia e não sei o que fazer.
A serenidade do teu olhar acalma-me lentamente,
No calor da tua mão sinto-me a amolecer.

Os pássaros rasgam o céu,
A uma velocidade incrível fazem desenhos no ar,
Giram, rodopiam sem parar,
No entanto o meu olhar prende-se no teu.

Tudo e todos avançam para o horizonte,
Caminhamos, não querendo ficar para trás.
O ambiente é quente e sereno
E não há nada que nos possa fazer mal.

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